Entrevista do Jornal do Comércio com Múcio Magalhães, companheiro da AE e vereador do Recife
Leia na integra no site www.muciomagalhaes.com.br
O encontro de Marx com Deus (Denise Mascarenha)
E Marx chega no céu descrente do que vê ele que pela Terra não quis de Deus saber. Mas Deus foi logo dizendo - Meu filho, de tantos que em meu nome falaram você, com uma fé dita ao avesso, está entre os que me acompanharam. Dizer que a religião é o ópio do mundo não deixa de ser uma verdade tem religioso que vive às cegas esperando que só as palavras o salvem. Mas você também reconheceu e isso não deixei passar, de fato, que a religião é o coração e o espírito de um mundo que anda tão calejado. E esse negócio de o todo ser feito de contrários explica este mundo dialético o profano e o sagrado. E o materialismo que pra alguns se caracteriza em ateísmo pra mim representa o oposto construímos o mesmo muro de arrimo. Não aceitamos a acumulação, pregamos a igualdade e justiça repudiamos a exploração verdade seja bem dita. E que interessante interpretação foi aquela do povo francês que em 1938 ou foi em 1936 acreditou ser do operário, a vez. E assim se manifestaram indo às ruas erguendo as mãos gritando por dias melhores “somos socialistas porque somos cristãos”. Assim não importa o que falem os que de discurso só querem saber estamos, meu filho, na mesma luta comida a quem tem fome e água a quem precisa beber. E assim Marx está hoje do lado esquerdo do Senhor passam horas a fio a discutir os rumos que a sociedade tomou. E falam de filosofia, política, economia e fé, e Marx no seu compromisso também levanta a questão da mulher. E os dois com a discussão envolvidos demonstram com aflita expressão que na terra, tudo vira mercadoria e essa é a grande preocupação. O acesso à produção social precisa ser de todos sem anomalia Por isso condenamos a apropriação pelo capital, da mais-valia. E como foi na terra no céu diferente não podia ser Karl a tudo contesta e indaga Deus por muita coisa não entender. Até hoje tenta convencer Deus que algumas coisas precisam mudar perdão não pode ser dado a quem passou a vida a explorar. | |||
Fonte: Lista Nacional da AE |
Nossas verdades, não são tão verdadeiras
O conceito de verdade é bastante subjetivo, principalmente
quando se olha a partir da Filosofia. Para
ser conhecedor da verdade é necessário conhecer todo o enigma do mundo, seus mistérios
e suas facetas, e essa proeza os homens ainda não alcançaram. Todavia, é fácil confundir
a verdade com a ignorância, aliás, acredito que a maioria dos que acham deter a
verdade são mesmo é possuidores de uma grande quantidade de ignorância. Dessa forma
é fácil ver um ignorante enganado com sua própria ignorância, pois aquilo que
ele acredita de forma dogmática ser a verdade absoluta, nada mais é que um
conceito que de forma impositiva fixou-se nas suas convicções. Marilena Chauí faz
um CONVITE A FOLOSOFIA, e em um
excelente livro trata de aspectos que vale a pena investir seu tempo para
conhecer um pouco mais da ciência que nos leva a problematizar todo o conjunto
das ciências desenvolvidas pelo homem. Fico satisfeito por viver na minha
incerteza, assim, não me dogmatizo pela ignorância, nem imponho minhas frágeis verdades.
Arueira
Vim de longe, vou mais longe
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar.
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar.
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de arueira
No lombo de quem mandou dar.
Geraldo Vandré
Quem tem fé vai me esperar
Escrevendo numa conta
Pra junto a gente cobrar
No dia que já vem vindo
Que esse mundo vai virar
Noite e dia vêm de longe
Branco e preto a trabalhar
E o dono senhor de tudo
Sentado, mandando dar.
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Marinheiro, marinheiro
Quero ver você no mar
Eu também sou marinheiro
Eu também sei governar.
Madeira de dar em doido
Vai descer até quebrar
É a volta do cipó de arueira
No lombo de quem mandou dar.
Geraldo Vandré
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