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Estudantes da UFRPE, Unidade de Serra Talhada, não recuam e permanecem em greve

No primeiro dia de aula após o fim da greve dos professores, mais de duzentos estudantes da UFRPE, Unidade Acadêmica de Serra Talhada, decidiram, em assembleia, continuar em greve. Logo após a assembleia, uma verdadeira massa estudantil saiu de sala em sala mobilizando os colegas, provocando a paralisação de mais de 90% das atividades da noite do dia 9 de junho.

Os estudantes haviam decidido no dia 26 de maio pela realização de greve estudantil, em apoio a greve dos docentes. No entanto, a maioria dos professores resolveu voltar as aulas, em assembleia realizada no último dia 02, ignorando a mobilização dos estudantes.

Quando os Estudantes não foram convidados pra festa

Foto Ilustrativa - retirada do Portal NE 10
O corporativismo de muitas categorias contribui para enfraquecer a luta por novas conquistas e mais direitos. Evidentemente, nem todos que pertencem a um segmento, aderem ao corporativismo.

No entanto, é comum vermos nas universidades os três segmentos organizados seguirem cada um por um caminho, vez ou outra convergindo, outras tantas, sem darem atenção aos demais. Não tenho dúvidas que os estudantes e os técnicos são os mais solidários, e infelizmente, a maioria dos docentes os mais corporativistas.

Logo no início da greve da UAST/UFRPE, comentei sobre a motivação dos sindicatos em realizar uma greve em Serra Talhada (veja aqui), em seguida, escrevi um novo comentário sobre a chegada do DCE e a deflagração da greve estudantil (veja aqui), recebi algumas críticas, mas insisti em debater a greve.

Qual será o desfecho da greve da UAST-UFRPE?

Em greve há dez dias, os docentes da UAST/UFRPE decidirão nesta segunda, 02/06, se continuarão parados ou se retomarão as atividades após a assembleia que realizarão para discutir o futuro do movimento grevista.

A pauta construída em 2012, além de extensa, é generalista e confusa, principalmente por não direcionar as cobranças para quem de fato poderá resolvê-las. Se refletirmos com a devida atenção, veremos que muitas das reivindicações poderiam vir sendo tratadas, com mobilização da comunidade acadêmica, no âmbito local. Da mesma forma, outras tantas devem ser direcionadas a reitoria, bem como, algumas são de responsabilidade dos governos federal e municipal.

Ao construir uma pauta generalista, o movimento corre o risco de não obter conquistas concretas, haja vista que cobranças endereçadas às pessoas ou órgãos errados, certamente nunca serão sanadas. Por exemplo: cobrar melhoria do transporte público à gestão da universidade é, no mínimo, ingenuidade. Por mais que exista vontade da reitoria da UFRPE, esse tipo de pauta é inerente aos poderes municipais.

Para que o movimento obtenha êxito, é fundamental que a pauta seja atualizada e feita sem generalismo. Para tanto, é necessário dividir a pauta em três blocos: 1) As demandas correspondentes a gestão local; 2) As demandas sob responsabilidade da reitoria; 3) As reivindicações que só poderão ser atendidas por outros órgãos governamentais, sejam eles municipais, estaduais ou federais.

Fazendo essa adequação, a pauta ganhará mais consistência, sendo direcionada as autoridades competentes para as devidas resoluções. Se os grevistas quiserem obter sucesso, precisam, com urgência, construir uma estratégia que atinja todos os responsáveis, do contrário, sairão pior do que entraram, sem conquistas e sem rumo.

Uma bandeira histórica: Câmara aprova PNE que vai revolucionar a educação no País

Por Gizele Benitz, do PT na Câmara

Sob os aplausos de centenas de estudantes e representantes de sindicatos de trabalhadores na educação, que ocupavam o plenário, a Câmara aprovou nesta quarta-feira (28) o texto base do relatório do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) ao projeto de lei (PL 8035/10), do Executivo, que trata do Plano Nacional de Educação (PNE) para os próximos dez anos. Ainda falta apreciar os destaques ao texto para concluir a votação da matéria.

O deputado Angelo Vanhoni elogiou a aprovação e afirmou que ganha o Brasil e as futuras gerações. “O PNE vai promover uma revolução no processo de educação no País. Se o Brasil quer ser um país com soberania e recuperar a capacidade de realização material e espiritual de seu povo tem que ser através do conhecimento e o plano aponta para uma nova escola e um novo país”, disse.

Fernando Coelho só conhece a UNIVASF: esqueceu que os outros "sertões" também tem universidade Federal (UFRPE) e Estadual (UPE). Lapso ou desprezo?

O pré-candidato ao senado pelo PSB, Fernando Coelho, tem defendido a criação da Universidade Federal do Sertão. Segundo ele, é necessário uma nova universidade que alcance as áreas onde a Univasf não chega.  (Blog do Nill Junior)

Até concordo que precisamos ampliar a presença de universidades no interior, e consequentemente, assegurar mais vagas para as pessoas que buscam uma formação profissional com a qualidade das instituições públicas. Porém, fiquei desconfiado que o pessebista não conhece a fundo a realidade da educação superior no interior pernambucano.

A greve dos Estudantes da UFRPE/UAST e a Copa do Mundo

Na última segunda, 26 de maio, cerca de cinquenta estudantes se reuniram na UFRPE - Unidade Acadêmica de Serra Talhada, para discutir a participação na greve dos docentes. Apesar da baixa mobilização, os presentes decidiram decretar uma greve estudantil.

Mais uma vez vou indagar a motivação da greve. Antes de ser acusado, reitero que defendo as reivindicações e caminho firme com a classe trabalhadora. Contudo, a primeira pauta apresentada pelos representantes do DCE – Diretório Central dos Estudantes, que enfatizaram mais as suas representatividades do movimento conhecido como ANEL, frente estudantil do PSTU, do que mesmo da entidade representativa dos estudantes da UFRPE, foi atacar, tal qual fizeram os representantes sindicais, o governo federal e o PT.

Mais uma vez pergunto: e as pautas locais? E os mais de sessenta pontos levantados em 2012? não serão priorizadas pelos militantes do PSTU?

Por uma questão de justiça, é importante dizer que os estudantes de Serra Talhada trataram de chamar a responsabilidade para si e discutiram a pauta local, deixando claro que o movimento tem objetivo e é suprapartidário.

Reivindicações ou oportunismo eleitoral: o que motiva a greve da UFRPE em Serra Talhada?

A greve é um instrumento legítimo dos trabalhadores na luta por mais direitos, melhores condições de trabalho e melhores salários. No entanto, se fazer valer da insatisfação da classe trabalhadora para criar um movimento típico de oposicionista em véspera de eleição, é no mínimo inquietante.

Quem participou da assembleia da Unidade Acadêmica da UFRPE de Serra Talhada, no último dia 20 de maio, que reuniu professores, técnicos e estudantes, observou um longo debate sobre a pauta local, que contemplava desde as condições de trabalho, até a infraestrutura e as demandas dos estudantes.