No seu primeiro ato após a
posse o “novo” prefeito do Recife, Geraldo Júlio, apresentou o seu primeiro
projeto, o hospital da mulher. Aliás, pra quem coordenou quase tudo nessa vida,
ele demorou muito para tomar a iniciativa, aja visto que o projeto estava
pronto no Campo das Princesas e foi dado de presente pelo governador ao ex-auxiliar
e todo poderoso Geraldo.
O que é estranho na encenação é
o fato de o agora prefeito Geraldo, que coordenou desde a criação do universo
até o bem estar das pessoas de Pernambuco, nunca ter observado a carência dos
recursos para atender as mulheres do nosso estado. Carência que poderia ter
sido amenizada se tivesse investido no CISAM – UPE, um hospital escola referência
no atendimento a mulher, bem como no HUOC – UPE, mais um hospital da Universidade
de Pernambuco, onde as metas do desgoverno de Eduardo Campos monitoradas por
Geraldo Júlio era de cortar o que chamam de gastos, ou seja, precarizar os
serviços.
Mas nada é feito ao acaso, para
esses governos de metas, onde a qualidade de vida do povo é verificada em números
sem ter contato com a realidade, é comum sucatear o público para entregar ao
privado. Tem sido assim na saúde, onde o IMIP e semelhantes tomam conta dos
novos empreendimentos do Governo de Pernambuco. Por essa ótica é fácil saber por
que os hospitais públicos vivem em crise e contenção de gastos, basta ver as
prioridades desses governos.
Geraldo ao lançar sua primeira
obra, na verdade está apenas cumprindo o seu primeiro acordo como prefeito,
afinal, teve sua candidatura ameaçada, apesar da parcialidade da justiça
eleitoral, por fazer campanha dentro das dependências do IMIP, e pelo visto
saberá retribuir o gesto dos seus aliados. O PSB só não cumpre acordo com o
povo, mas com empresários e financiadores não falta nunca.
Pelo visto o que pintaram como
sendo novo já veio cheio de vícios e retóricas prontas, e pode ser uma nova
face dos velhos coronéis.