IMPRESSÕES SOBRE O CONJPT


Apesar do método utilizado pela CNB, optando pelo esvaziamento do 2º congresso da JPT, foi possível extrair um saldo razoável, sobretudo, na re-arrumação da conjuntura interna.

Presenciamos a construção do que pode ser mais um bloco do Partido dos Trabalhadores, com o deslocamento da DS para o campo já em curso direcionado pela CNB, entretanto, essa aliança apresenta ainda muita fragilidade, principalmente pelo o que representa a relação dessas duas tendências nos estados e municípios.

Contudo, essa aproximação traz prejuízos para a esquerda petista, criando uma grande possibilidade de ser organizado um novo campo hegemônico nas próximas disputas. Vale salientar, que para esse bloco o Brasil vive um processo de REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA a partir dos três governos do PT, com o Lula e com a Dilma, uma afirmação que pode consolidar uma opinião que afasta ainda mais o partido da luta por uma VERDADEIRA REVOLUÇÃO, a revolução SOCIALISTA.

Por outro lado, causa preocupação a relação distante das tendências que apresentam uma plataforma à esquerda, uma vez que não havendo unidade para a disputa, tendo em vista a proximidade dos programas apresentados, inviabiliza uma polarização capaz de ser mais contundente no enfrentamento ao possível campo DS/CNB. Polarizar essa disputa talvez seja um caminho para atrair militantes insatisfeitos com a mudança de postura da DS e sua adesão aos que defendem uma conciliação de classe.

É necessário aparar as arestas e convocar toda a esquerda socialista para repensar a estratégia, criando condições de enfrentar uma disputa que promete ser dura, e decisiva para os rumos do Partido dos Trabalhadores.

Se quisermos uma Juventude de esquerda e socialista, é bom começarmos a intensificar a disputa de concepção, deixando em segundo plano a conta das garrafinhas, o contrário, teremos uma juventude de massas, que acreditará na tal revolução democrática que estão pregando, tornando cada vez mais distante a construção de uma JPT que conduza a juventude brasileira para as verdadeiras e fundamentais transformações.

O que queremos é uma nova geração que não abandone a luta pelo socialismo, para tanto companheiros e companheiras, vamos à luta.