Em prosa e verso descrevemos a
vida e os sentimentos pertencentes a ela. Sonhos e lutas são os ingredientes
que fazem funcionar uma mente e um coração. Assim, em prosa e verso, sonhos e
lutas, construímos cada ação da vida, cada passo dado, cada conquista. É uma
combinação necessária para fazermos de pequenos gestos grandes ações.
Em prosa, como dizem lá no sertão, dialogamos, construímos ideias,
expomos pensamentos, fazemos livremente as nossas descrições, ou seja, apenas
proseamos.
Em verso, somos mais sensíveis, mais delicados, mais impulsivos. São a
partir deles que amamos, cantamos, choramos, sentimos no fundo da alma o quão forte
são as palavras.
Mas nada disso é possível sem
que haja momentos de abstração, de extravagância do imaginário. Para os
revolucionários os sonhos são bons
aliados para as belas lutas, são geralmente utópicos, mas tão necessário que
estão intrinsicamente ligados à caminhada em qualquer batalha. São eles, os
sonhos, o combustível fundamental que move um coração de um militante, e como
diz o comandante e poeta, líder revolucionário, Ernesto Guevara, Lutam melhor os que têm belos sonhos.
Pois é, os sonhos agem em nós
como uma mola impulsionadora, nos fazem acreditar que é sempre possível mudar, transformar,
revolucionar. Ora, se não sonhássemos com um mundo melhor, certamente jamais desprenderíamos
de um só instante para combater as injustiças, as opressões, as desigualdades. É
porque sonhamos que lutamos incessantemente, em busca de uma sociedade
superior. Assim, derivadas dos sonhos, as lutas
são o extrato do que sentimos e desejamos e, portanto, com essa combinação
seremos capazes de construir um mundo mais feliz, onde a fraternidade e a
solidariedade sejam sentimentos universais, pertencentes a todas as pessoas,
que haverão de viver com igualdade, sem que uns explorem os outros.
E assim seguiremos em prosa e verso, sonhos e luta, até
realizarmos as mais profundas transformações, até que sejamos livres na vida.