Sempre buscamos incessantemente
a felicidade. É uma busca tão intensa que nem sempre paramos para pensar o que
realmente nos torna feliz. Estamos sempre entretidos com as ofertas tentadoras
de um sistema que nos explora e nos faz crer que a felicidade está naquilo que
ainda não temos, mas, que poderemos conseguir se trabalharmos muito, e
dedicarmos todo o nosso tempo a acumular cada vez mais.
Certamente a vida fica mais
simples quando paramos para refletir o que realmente nos faz bem. Quando
descobrimos que o sorriso de uma criança pode não estar na tecnologia de um novo
aparelho eletrônico, mas na arte de empinar pipa. Quando sentimos falta de
alguém que sempre esteve ao nosso lado, mas que estávamos ocupados demais para
dar conta da sua companhia. Quando sentimos saudades do tempo de infância, e
lembramos que ali nem sonhávamos com a existência das redes sociais, e que a felicidade
era somente correr na rua com os amigos. E percebemos o quanto nos faz falta, o
tempo de brincar e os amigos.
Em um tempo onde somos
convidados a ficar a todo instante compartilhando as nossas reflexões e
curtindo os pensamentos de tanta gente, muitas vezes estranhas a nós, as coisas
simples passam despercebidas, e a felicidade, dificilmente chegará via e-mail. Somos
protagonistas da nossa caminhada, e cabe a nós construir as bases para uma vida
mais feliz.
O ritual dos festejos de final
de ano tende a reunir as pessoas, as famílias, os amigos. Torna por alguns
instantes a vida mais simples e mais feliz. E como seria bom se renovássemos a
cada dia esse sentimento de fazer da simplicidade da vida, o caminho para a
felicidade.
Que em 2013 valorizemos as coisas
simples e aprendamos que o simples se faz belo, quando realizado com a essência
do que realmente representa o ato de ser feliz.
Para ilustrar a minha última postagem de 2012, convido-lhes a ouvir uma bela canção de Chico, Garoto e Vinicius, interpretada por Renato Russo.