Publicações que fiz sobre a matéria do farol de notícias, que reproduz um conteúdo machista sobre Dilma


Texto publicado no Facebook em 16/02

O Farol de Notícias exagera no tom de suas duras críticas ao PT. Reproduzir uma matéria de cunho extremamente machista, insinuando que existe uma orientação do partido para que a presidenta Dilma encontre um namorado, é digno de muito repúdio. Nesse caso, são estúpidos os que fizeram a matéria e os que reproduziram. 

São matérias como essa que mostra a falta de credibilidade de quem quer ser a referencia de jornalismo, mas não passa de papagaio de pirata da direita conservadora, anti-petista, preconceituosa e que torce para tudo dar errado.

Na falta do que fazer, os editores do Farol de Notícias reproduzem o que sabem de melhor: bater no PT, sem qualificação alguma. Querem debater política, os convido para fazermos, mas por favor, elevem o nível.

Após indagação dos editores do farol, publiquei a seguinte resposta: 



Caro editor, primeiro não vejo ódio no meu comentário acerca da matéria postada no seu site. Se você considera ódio o fato de usar termos duros, lamento, mas utilizo o que acredito que cabe para cada situação, e considero as afirmações e reproduções (no seu site) estúpidas. 

Seu site começa a matéria com a seguinte chamada: “ORIENTAÇÃO PETISTA: “Dilma precisa arrumar um namorado”, diz ex-presidente Lula!

Ora, se o lula foi o autor de tamanha estupidez, paciência, se comporta também de forma estúpida. Mas isso é algo que o partido deve debater.

Tenho convicção que o Partido dos Trabalhadores não tem nenhuma resolução sobre esse tema, e portanto a sua afirmação sobre a orientação petista, está equivocada. Lá respeita-se a intimidade das pessoas, e isso não consta na pauta partidária. 

Sobre o fato de alguém precisar de namorado ou namorada como atestado de competência, é no mínimo ridículo. 

Sobre fazer desabafo, não necessito, não uso desse expediente para discutir política. Quem usa somente da emoção como fonte de inspiração para discutir a política, corre o risco de cometer equívocos irreparáveis. Basta ver na mudança repentina de muitos que vão e voltam de acordo com a conveniência.

Discuto as ciências politicas fundamentada em concepções, ideologias, realidade. Quando apresento uma crítica como a de hoje, não direciono em indivíduos, mas na concepção deles, nesse caso dos editores do Farol de Notícias.

Reproduzir concepções que de cunho discriminatório, é alimentar uma sociedade conservadora que foi ensinada a oprimir, e a imprensa tem que ter responsabilidade sobre essas discussões. Como disse a Raquel no comentário acima, “Faz parte da cultura patriarcal e machista acreditar que uma mulher precisa ter um homem ao seu lado para ser feliz”. 

No mais, a Dilma está muito bem, e com namorado ou sem namorado, continuará com a firmeza necessária para frear os oportunistas que vivem de fazer barganhas e impor condições imorais em troca de apoio. A Dilma, é muito bem resolvida, e tem muita convicção da missão que lhe foi dada. Quem passou no pau-de-arara, levou choque, apanhou, fora outras violências, tudo isso em nome da liberdade de todos e todas nós, não mudaria de comportamento por causa de um parceiro.

A vida de um autêntico militante de esquerda, caro editor, é motivada por outros valores, distante do conservadorismo que ainda predomina na nossa sociedade. 

Saudações!

O farol quis publicar meus textos  e não permiti, e mesmo não tendo autorizado, fizeram a publicação:

Caros Editores do Farol de Notícias, prefiro deixar essa discussão acontecer aqui. Esse é um debate importante, mas que podemos fazer de outra forma, discutindo o preconceito contra as minorias, o machismo, a rotulação e o julgamento social diante das opções de cada cidadão. 

Esse é o tipo de debate que não vale a pena fazer pela cor da bandeira partidária, para não ocorrer distorções, como as que o Antonio faz acima, é um debate que diz respeito a combater todas as formas de opressão, e isso é muito maior do que qualquer partido e do que qualquer sujeito. Aqui só existem dois lados: Os que oprimem e os que são oprimidos.

E para fazer esse debate é necessário responder apenas uma pergunta: De que lado você está?