Matéria do Jornal Digital Brasil 247
Sem medo de se mostrar a favor da política econômica da presidente Dilma Rousseff, a empresária Luiza Helena Trajano mandou um recado bastante irônico a seus colegas que têm criticado o governo. "Está tão ruim? Então vende o negócio e muda de país", disse ela em entrevista ao jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul. "Trabalha aqui, ganha dinheiro aqui e acha que está tudo ruim? O Brasil é nosso, não adianta em reclamar de mim mesma", completou.
Sem medo de se mostrar a favor da política econômica da presidente Dilma Rousseff, a empresária Luiza Helena Trajano mandou um recado bastante irônico a seus colegas que têm criticado o governo. "Está tão ruim? Então vende o negócio e muda de país", disse ela em entrevista ao jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul. "Trabalha aqui, ganha dinheiro aqui e acha que está tudo ruim? O Brasil é nosso, não adianta em reclamar de mim mesma", completou.
A
empresária que pilota uma das maiores redes de vendas de
eletrodomésticos do País defendeu o que classificou como "otimismo
participativo". Luiza acrescentou que os empresários deveriam
fazer mais e reclamar menos. "Não adianta eu reclamar de mim
mesma", frisou. "À medida que eu estou reclamando do país,
eu estou reclamando de mim. O que eu posso fazer para ajudar? Quem se
sente responsável não aponta dedo".
Para
sustentar seu discurso a favor, a empresária fez comparações com a
situação econômica de outros países. "O país passou por uma
crise global (2008) quase ileso. Afetou todo mundo e nós não
sentimos", acentuou. "Dia desses recebi um empresário
espanhol que me contou que os jovens na Espanha não têm emprego. E
nossos jovens têm. Há coisas para melhorar, mas só nós
conseguiremos isso. A renda triplicou em 10 anos".
Ela
comentou a polêmica travada com o colunista Diego Mainardi, do
programa Manhatan Conection, na qual ele apontou que existiria uma
alta da inadimplência no comércio, enquanto a presidente do
Magazine Luiza sustentou o contrário.
"Na
semana seguinte foram divulgados dados mostrando que o país estava
com os índices mais baixos de inadimplência", lembrou. "E
continua em queda prosseguiu. A prova disso é que os bancos têm
aprovado mais crédito".
Citando
dados na ponta da língua, a empresária defendeu o atual modelo que
procura preservar o poder de consumo e, ao mesmo tempo, fazer frente
aos problemas de infraestrutura. "No Brasil, só 54% da
população tem máquina de lavar, só 10% tem televisão de tela
plana e só 1% tem ar-condicionado. E ainda precisamos construir 23
milhões de casas para ter um nível satisfatório de igualdade
social para um país em desenvolvimento". Para ela, "nenhuma
indústria vive sem consumo". E mais uma vez fez uma comparação.
"Nos Estados Unidos, as pessoas já estão na oitava geração
de TVs de tela plana. Aqui, a gente ainda precisa de uns 20 anos de
progresso".