A
primeira vez que participei de uma eleição no Movimento Estudantil
foi em 2006, quando fui candidato a vice presidente da chapa Atitude
Democrática para o Diretório Acadêmico da Faculdade de Formação
de Professores de Petrolina - UPE, na companhia de uma turma boa,
liderada pelo meu amigo, Johndeible Oliveira dos Anjos.
Como
é tradição nas eleições do movimento estudantil, sempre
escolhemos uma boa música pra embalar as nossas campanhas, e quando
a música agrada, a campanha ganha força, e a gente vence a eleição.
Na
eleição que me iniciou na militância organizada não foi
diferente, escolhemos uma bela música de Gonzaguinha, mas na voz de
Jair Rodrigues, uma voz marcante, cheia de boa energia. Eu, por
coincidência, havia comprado pouco tempo antes um CD do Jair, que
trazia a faixa “E Vamos à Luta”!
E
fomos! Aprendi a falar em público, debater, construir ideias
coletivamente, aprendi a ser militante organizado, e a música foi me
embalando. Até hoje, vez ou outra, paro pra ouvir, é revigorante.
Hoje,
trouxe essas lembranças ouvindo a música que me referi, na voz do
saudoso, Jair Rodrigues, que partiu de forma inesperada.
Certamente
não perderei o hábito de ouvir “E Vamos à Luta”! Tampouco,
deixarei de ouvir os clássicos na voz de Jair Rodrigues, o
irreverente que encantou com um jeito bem brasileiro de apresentar
todo o seu talento tão particular e grandioso.
Eu
acredito
É
na rapaziada
Que
segue em frente
E
segura o rojão
Eu
ponho fé
É
na fé da moçada
Que
não foge da fera
E
enfrenta o leão
Eu
vou à luta
É
com essa juventude
Que
não corre da raia
À
troco de nada
Eu
vou no bloco
Dessa
mocidade
Que
não tá na saudade
E
constrói
A
manhã desejada...
Aquele
que sabe que é negro
O
coro da gente
E
segura a batida da vida
O
ano inteiro
Aquele
que sabe o sufoco
De
um jogo tão duro
E
apesar dos pesares
Ainda
se orgulha
De
ser brasileiro
Aquele
que sai da batalha
Entra
no botequim
Pede
uma cerva gelada
E
agita na mesa
Uma
batucada
Aquele
que manda o pagode
E
sacode a poeira
Suada
da luta
E
faz a brincadeira
Pois
o resto é besteira
E
nós estamos pelaí...
Acredito
É
na rapaziada
Que
segue em frente
E
segura o rojão
Eu
ponho fé
É
na fé da moçada
Que
não foge da fera
E
enfrenta o leão
Eu
vou à luta
É
com essa juventude
Que
não corre da raia
À
troco de nada
Eu
vou no bloco
Dessa
mocidade
Que
não tá na saudade
E
constrói
A
manhã desejada...
Aquele
que sabe que é negro
O
coro da gente
E
segura a batida da vida
O
ano inteiro
Aquele
que sabe o sufoco
De
um jogo tão duro
E
apesar dos pesares
Ainda
se orgulha
De
ser brasileiro
Aquele
que sai da batalha
Entra
no botequim
Pede
uma cerva gelada
E
agita na mesa logo
Uma
batucada
Aquele
que manda o pagode
E
sacode a poeira
Suada
da luta
E
faz a brincadeira
Pois
o resto é besteira
E
nós estamos pelaí
Eu
acredito
É
na rapaziada!